quarta-feira, 12 de junho de 2019


Você é como eu.
Cheio de tempestades, cheio de contentamento.
Subscreveu-se enxergando aquelas que sofreram mas sobreviveram. Como eu.
Sofrimento por está frente do tempo, mas agora ele está chegando. Ou talvez, ao menos um pouco mais próximo.
Você não é uma fase, é recomeço. Como eu.
Crying lightining. Época de começar brincando, docemente, despretensiosamente. Ao final começar a estação.
Não me acanho em ver.
Você passa devagar, eu também.
Você é como eu. Como as águas que desamornam o calor.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Teoria do estrago




Eu gosto é do estrago.
Gosto do torto, em detrimento do perfeito.
Confio mais no atrapalhado do que no deveras organizado.
Gosto do caos. Do tentar buscar a ordem na baderna.
-Abaixo a simetria. Confio na assimetria.

Gosto do velho que torna-se novo. Da espontaneidade de um sorriso tolo.
Admiro os que buscam equilíbrio cortejando a insanidade.
Não sou fã de Peter Pan. Sou mais estilo Hobin Hood. Que nunca irá pra Hollywood.
Gosto de raízes. Sou fã da gratidão. Mas gosto mesmo é do estrago.

Deixa tudo assim. Gosto do vento maroto que assusta os desprevenidos.
Sou fã de cabelo em pé; Que só volta pro lugar quando quer.
Não curto os tolos vestidos
O vento faz deles o que quiser.

Gosto de bichos-do-mato
Me amarro em fugas e rugas
Sou fã de reciclar, refazer, reinventar
E por que não redormir pra reacordar?

Não tenho medo dos verdadeiramente calados
Tenho medo mesmo é dos falsamente falantes.
Aos que usam palavras como lança flamejante:
Sou mais para o silêncio aconchegante.



terça-feira, 22 de maio de 2012

Three Generations – The infinity looping



Uma jovem em Seattle disse:  “Como é difícil ser jovem hoje em dia”
O adulto diz: E como é fácil negligenciar o sofrimento hoje em dia.
O velho diria: Enxuguem as lágrimas, eu já sofri o mesmo e aprendi a sorrir.

A jovem: Queixou-se dos pais, do país, do não poder ir à Paris.
O adulto: Diz que aprendeu a lidar com os pais, cansou-se do país por isso vai morar em Paris.
O velho diria:Tudo é uma grande tolice”  Gertrudes, traga meu charuto!

A jovem disse que o grande problema da humanidade é a falta de amor.
O Adulto diz que o problema é falta de Deus nos corações e de políticos honestos no país.
O velho dirá que o que falta é vontade individual pra mudar e assertividade pra caminhar.

A jovem retrucou que há caos em tudo
O adulto argumenta que só existe ordem
O sábio velho dirá que não se trata de caos ou ordem, mas de justa medida.

Para encerrar a prosa:

O velho dirá: Queridos amigos... Crescer, implica em esquecer!
A jovem dirá: Então quero voltar...
O adulto dirá: Então quero enfrentar. – Challenge accepted. Ele vai se ferrar.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

A parábola perfeita



“A long time ago in a galaxy far, far away….”

Trabalhava no seu projeto particular todas as noites. Todas noite caía. Tentava todos os ângulos, variações de vento, aceleração e distancia. Nada disso conseguia fazê-la se manter por mais tempo no seu adorado ponto máximo.

Havia desistido do movimento retilínio desde que era pequenina, abandonou seu projeto de queda livre na adolescência. E agora, investiu todas suas “forças” na balística. Pedia ajuda espiritual pro seu grande ídolo na sua pequena oração matinal:

- “Torricelli, rogai pelos que querem está no topo. Dai-nos força, tão grande quando a que o sol exerce em Ball’s planet.”

Após isso, fazia mais um dos seus belos lançamentos, que sensação era da decolagem, rumo ao seu tão adorado ponto máximo. Momento este carregado de ansiedade, temperada com mau presságio.

Mas... espere, nossa querida bola não está pousando no seu mais odioso solo. Talvez a velocidade da luz tenha sido de fato eficiente. Agora a bela bola de bubbles ville permanece em órbita eterna, girando e girando, sem nunca mais voltar ao chão. O lindo pontinho roxo no universo.


ps1: Um agradecimento especial para o Felipe que ajudou-me com correções, palavras e ortografia durante minha inspiração matinalmente fraca. Blog do Felipe: www.llipel.blogspot.com (super indico!)

ps2: Desculpa se usei termos da física indevidamente, prometo que estudo mais antes de escrever da próxima vez. Enquanto isso não acontece, tentem focar no sentimento da bolinha de golfe. \o

domingo, 23 de outubro de 2011

'Equidistante, distante.

Do canto mais escuro e abandonado do nosso íntimo, eis que surgem novamente eles: Os devaneios tolos. Muito provavelmente mal escritos pela falta de prática, mas alimentados pelos mesmos sentimentos de incontrolabilidade, incompletude, inquietação. Aquela velha incapacidade de pensar longe do cursor piscando na tela do computador ou da caneta correndo rapidamente numa folha de papel.

Como é difícil posicionar-se de forma eqüidistante. Seja no espaço, tempo, idéia ou palavra. O que incomoda é essa sensação morna da tentativa de equilíbrio, ponderação, não implicação. Onde está meu controle de click pra adiantar o tempo e ver que tudo é uma bobagem. Não me venha com essa estória de olhar para trás para prever o futuro. Tudo que vejo são lampejos de tempo perdido e sentimentos desnecessários. Tudo que eu vejo é a sábia voz que sussurra pra não se apressar o passo e deixar o tempo resolver.

Surge o sentimento de feedback. Não gosto de me enxergar nas atitudes de alguém e me colocar na posição desconfortável de ‘isso vai passar’ a pergunta é quando. O sentimento é de mediatismo. Quão difícil é estar eqüidistante. Distante. Quão difícil é está sob muro de Berlim prestes a ruir. Quão interessante é o novo. E se ele não vem? Quão fácil é se acostumar e desacostumar. Afina, por mais confortável seja sua poltrona, você vai ter vontade de mudar de posição, caminhar ou, quem sabe, se afundar até cochilar.

sábado, 23 de abril de 2011

Bolhas, frases e outras coisas que transitam.



Olhando a frase: "Tudo vale a pena quando a alma não é pequena" . Mas esqueceram de citar os perigos de um alma enorme que almeja tudo. E ao mesmo tempo.

Será que a validade seria questionável? Mesmo que o esforço de alcançar a ambivalência seja em vão, ela continuaria valendo a pena?

Recorro a garota do mundo das bolhas. Criava bolhas pra transitar pelo mundo, que raramente gostava de atrever a se aventuar. Entrava no seu infinito particular
Na tentativa de se safar.
Ah. o peso das relações. Quão trablhosos eram os sentimentos.
Um dia, da bolha resolveu sair e viver. e viver.
Até que achou que tinha estacionado a possibilidade do seu ser.
Resolveu se aventurar em novos mundos. Mas será que dessa vez ela usa tapete voador?

A ficção do passageiro se mostra tão perfeita que as vezes é dificil lembrar que tudo não passa de ilusão.

Não é possivel um peixe viver na terra. Evoluções demoraram eras pra acontecer, e ela só tem dias de vida.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

The round road.


Dirigia na estrada chuvosa. Chuva aqui, luz ali. Ladeira ali, agora não mais.

Estrada engraçada aquela. Mesmo com tantas subidas, elas se mostravam planas a medida que o topo ficava próximo. Quase não dava pra notar que era uma subida. Como é irônico o plano inclinado da vida. Sempre cobranças pra no final, a velha sensação de vazio e incompletude. Chegar ao final da estrada nem sempre era sinônimo do fim da jornada.

Ampulheta virada, o cronômetro começa a marcar o que a mente faz questão de esquecer: O aprendizado. O velho novo sempre surgia pra aterroriza-la e fazê-la esquecer como havia enfrentado a mesma situação outrora.

Mesma trilha: Angustia, pressa, esforço, satisfação, incompletude. Tudo denovo. angustia, pressa, esforço, satisfação, incompletude.Tudo novo denovo angustia, pressa, esforço, satisfação, incompletude. E mais do mesmo: angustia, pressa, esforço, satisfação, incompletude.

Pausa.

O combustível acabou. Hora do pit stop. E o que o carro pede? Uma boa dose de odwaga. Pra voltar pra estrada chuvosa com chuva aqui e ali, ladeira ali e agora não mais.